Os 6 segredos da Medicina de Estilo de Vida para a longevidade

Os 6 segredos da Medicina de Estilo de Vida para a longevidade

Conheça essa nova prática e veja como ela pode ajudar na conquista de hábitos saudáveis

  • POR OLGA PENTEADO
23 DEZ 2019 - 15H07| ATUALIZADO EM 23 DEZ 2019 - 15H07
Solidão aumenta o risco de morte precoce em 40%, por isso é tão importante manter por perto as pessoas que você gosta (Foto: Getty Images)
Comida, bebida e stress em excesso, sono e atividade física em falta — sabemos que essa equação não faz nada bem para a saúde. Mas uma coisa é saber, outra é fazer... Para ajudar na mudança de hábitos, surgiu uma aliada de peso: a Medicina do Estilo de Vida (MEV). Nela, médicos e outros profissionais atuam também como coaches, ajudando os pacientes a construir um estilo de vida saudável. A prática começou a ser desenvolvida em 2004, em Harvard, uma das mais importantes universidades dos Estados Unidos e há três anos ganhou o status de especialidade médica naquele país. “No Brasil, estamos em processo de validação como uma especialidade médica”, fala Silvia Lagrotta, uma das fundadoras do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV), que existe desde 2017. Por enquanto, os profissionais brasileiros certificados pelo Institute of Lifestyle Medicine, de Harvard, aplicam o aprendizado em seus consultórios de diferentes especialidades — Silvia, por exemplo, é geriatra, gerontóloga e médica do esporte no Rio de Janeiro.
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“A MEV oferece ferramentas e formas de tratamento que auxiliam qualquer médico a tratar de seus pacientes, com base em evidências científicas — cerca de 50 mil estudos feitos nesta área. Não há mágica, trata-se simplesmente de auxiliar o paciente a mudar de estilo de vida dentro do ambiente que ele já tem”, explica Beatriz Lassance, cirurgiã plástica de São Paulo, membro dos colégios americano e brasileiro de MEV. “Quando percebemos que 18% dos cardiopatas continuam fumando após um infarto, e apenas 11% dos diabéticos seguem as orientações de dieta, fica claro que a maneira como orientamos nossos pacientes não está sendo efetiva. E essa é a principal finalidade da MEV, saúde baseada em mudança de hábitos”, acrescenta Aline Lamaita, cirurgiã vascular e angiologista de São Paulo, membro dos colégios americano e brasileiro de MEV. 
Segundo a médica, as doenças crônicas, relacionadas ao estilo de vida, como síndrome metabólica, diabetes, doenças cardíacas, obesidade e câncer são hoje a principal causa de morte em todo o mundo.


O foco da MEV não é apenas a prevenção, mas também o tratamento, já que com a mudança de estilo de vida dá para reverter grande parte das doenças. 
A prática conta com seis pilares: alimentação saudável, atividade física regular, qualidade do sono, controle de substâncias tóxicas, gerenciamento de stress e sociabilidade. As médicas Silvia Lagrotta, Beatriz Lassance e Aline Lamaita falam um pouco sobre cada um deles.
1. Alimentação saudável: opte por comida de verdade com base em alimentos integrais e vegetais, pouca proteína animal e redução de produtos industrializados (whole food plant based diet). Preste atenção naquilo que está comendo (mindfull eating) e só coma o que for  muito gostoso para você.
2. Atividade física regular: o ideal é fazer 150 min por semana de exercícios físicos de moderada intensidade, mas, como o importante é combater o sedentarismo, qualquer atividade está valendo: troque o elevador pelas escadas, almoce longe do trabalho e caminhe até lá. A movimentação ao longo do dia é tão importante como  o exercício feito na academia.
3. Qualidade do sono: 7 horas de sono diárias de boa qualidade é a necessidade da maioria das pessoas (algumas se contentam com menos). Uma forma de mensurar é a disposição durante o dia, com energia, atenção e foco. A luz azul de equipamentos eletrônicos (TV, ipad, celular) interfere na melatonina, e deve ser evitada 1 hora antes de dormir.
4. Controle de substâncias tóxicas: álcool, tabaco, excesso de medicamentos e até mesmo dispositivos eletrônicos precisam de atenção redobrada. O tabagismo, por exemplo, não só está associado ao câncer – os fumantes são responsáveis por 80% dos casos da doença no pulmão – como ao tromboembolismo e envelhecimento da pele.
5. Gerenciamento de stress: em excesso, mata hoje três vezes mais do que o cigarro. No escritório, dê pausas a cada 60-90 minutos, pare 15 minutos para respirar, tomar um café ou simplesmente fechar os olhos. Ao deixar o trabalho, faça atividades que relaxem a mente: aula de culinária, exercício físico leve, brinque com o filho, caminhe... O tempo de recuperação é extremamente importante para manejo de stress. Pratique meditação, mindfulness.
6. Sociabilidade: existe extensa literatura médica comprovando que as relações interpessoais são o maior fator relacionado à saúde e felicidade. Por outro lado, a solidão aumenta o risco de morte precoce em 40%. Mantenha por perto as pessoas que você gosta, chame-as para um café, jantar, converse com elas — e, aqui, não vale amizade virtual, nada substitui o olho no olho.
Fonte: Vogue

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